segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Reforma no ensino, já!


O Governo do Estado de Rondônia está elaborando eixos norteadores para o ensino em toda sua rede, pois, até então, baseava-se por orientações vindas de outros lugares do Brasil. Está em fase de análise! Professores das mais variadas áreas estão contribuindo com ideias, das quais encaminharão o ensino por aqui.
Paramos esta semana para avaliar o que já está em andamento. Como em toda reunião em que há pedagogos, começou-se com ideias de Paulo Freire. A supervisão propôs que discutíssemos o Currículo. Veio-me um monte de indagações, saí com mais perguntas do que respostas. 
Uma delas é que se os alunos fazem provas do IDEB com apenas duas disciplinas, por que querem diminuir aulas de Português e Matemática para inclusão de outras disciplinas que já são contempladas em áreas de humanas, caso da sociologia (esta já está aplicada, e ouvi rumores de que o MEC pretende inserir cidadania, ética e política num futuro próximo!)? E não são cobradas para medir o nível de ensino? Nesse aspecto acho interessante os moldes do ENEM, que mede todas as áreas. O problema é que os livros didáticos, ainda um dos suportes para o professor, deixam muito a desejar no que se refere ao apoio ao mestre. Que por sua vez, escolhe um tipo e o MEC envia aquele do qual não foi a escolha desejada. Sei que ele é apenas mais um recurso, e o professor tem de buscar outros meios. Por outro lado, o desinteresse do aluno é algo assustador! E fico a pensar que nos moldes que a escola se encontra, não conseguiremos estimular o aluno, pois ele não vê utilidade prática na sua vida! 
No Brasil inteiro não se tem um direção correta, cada qual segue a linha de pensamento que mais acha conveniente, caminha sem direção. Penso que o ensino teria uma finalidade, se a preparação de nossos alunos seguisse a linha do ensino tecnicista, hoje abominado até nas mesas de discussão. Não seria retroceder, mas preparar cada qual por sua afinidade. Aprenderiam com mais prazer as disciplinas, pois ao final, entraria no mercado de trabalho. Não é a quantidade de anos de estudo e o diploma universitário que vai melhorar o ensino, é a busca da satisfação e o reconhecimento do seu potencial para inserir-se numa profissão. Daí a buscar patamares mais alto no nível de instrução, seria um pulo. Há países que não primam pelo diploma universitário. Agora, nessas terras tupiniquins, o povo sai cada dia mais inapto das salas de aula, mas com diploma superior. Fale-se isso, numa dessas reuniões e o acharão ultrapassado. No entanto, para o Brasil futuro, precisamos de profissionais qualificados. Compreendem?