quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O jardim alheio



Por que tratar das rosas alheias,
sadias e perfumadas,
se temos muitos espinhos
a nos picotar as mãos?

Isso é idiotice,
não é mesmo?
Arranque antes as ervas
que secam,
mata e anulam teu pobre jardim.

Este que também é observado
e se de perto
requer mais atenção,
pois te distancias demais
por então.

Ajuda teu companheiro,
mas não tomas dele
a responsabilidade
de quem pode fazê-lo.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Revista e Jornal


 


Nossa sociedade vem transformando os meios de comunicação e já é possível considerar como avós a revista e o jornal. Isso não é por mero acaso, surgiu com o advento tecnológico atual que modifica a relação com leitores em todo o mundo. Assim, abre-se espaço cada vez maior para novas formas de interação e divulgação da notícia, onde os indivíduos podem comentar as matérias, deixar sugestões (principalmente no jornal), etc. Por tudo isso, os gêneros citados não poderiam ficar de fora da era da informática, pois,  passam a dialogar conosco numa tela de computador, no aconchego do nosso lar. Onde estão dispostos com a mesma estrutura que é publicada no papel, mas acomodados nos sites específicos da internet e em formado virtual. E o usuário pode inclusive virar as páginas e selecionar os conteúdos que mais apreciam com apenas alguns clics.
Por falar nisso, você sabe dizer quem veio primeiro?
Certamente o jornal, segundo a revista Mundo Estranho, os primeiros registros datam de cerca de 59 a.C. Já a revista surgiu só em 1663.
Agora vamos saber o que são:

Uma revista é uma publicação periódica de cunho informativo, jornalístico ou de entretenimento, geralmente voltada para o público em geral.

Jornal é um meio de comunicação impresso, geralmente um produto derivado do conjunto de atividades denominado jornalismo. As características principais de um jornal são: o uso de "papel de imprensa" - mais barato e de menor qualidade que os utilizados por outros materiais impressos; a linguagem própria - dentro daquilo que se entende por linguagem jornalística; e é um meio de comunicação de massas - um bem cultural que é consumido pelas massas. Os jornais têm conteúdo genérico, pois publicam notícias e opiniões que abrangem os mais diversos interesses sociais.

(Fonte: Wikipédia)

Se você é o tipo de pessoa que aprecia folhear as páginas de uma revista ou jornal, está no grupo do qual faço parte. Nada com o meio virtual, até acesso revistas on-line. No entanto, gosto do contato físico e do cheiro do papel. Interajo muito bem com o formato, gosto do toque ao virar as páginas.
Refletindo sobre isso, chegamos a pensar se não é o fim das coisas impressas no papel.
Tempo:
3, 2, 1.
Antes de dar a sua resposta, já adianto que os dois podem muito bem sobreviver ao tempo, mas é certo que com a disposição virtual torna-se possível resguardar do mofo e da traça os acervos de grandes mestres, inclusive no meio literário. E podemos revisitar sempre que precisarmos de informações com agilidade e precisão que é peculiar da internet.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Simpatias: Funcionam ou são apenas parte de um mito?



O texto que vou mostrar para vocês encontrei na Veja.com. Trata-se de uma pesquisa feita sobre as crenças em simpatias, revelando que quanto mais complexos os procedimentos para executá-las, mais as pessoas tendem a acreditar na veracidade das mesmas. Confiram a matéria! O título é meu.:

As simpatias fazem parte da vida da maioria dos brasileiros. Vestir-se de branco na noite de Réveillon, colocar um vaso de sete ervas em casa, tomar banho de sal grosso e amarrar fitinhas no braço são alguns dos exemplos mais conhecidos.

O brasileiro André Souza, pós-doutorando em psicologia na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, sempre achou curiosas as receitas de sua mãe para diversas situações cotidianas – se quisesse passar em uma prova, por exemplo, ele deveria dormir com o livro aberto e vestir uma camisa azul no dia do exame. Por isso, as mandingas viraram seu objeto de estudo acadêmico.
Souza e a psicóloga americana Christine Legare iniciaram uma série de pesquisas sobre rituais, especialmente simpatias. Com experimentos feitos no Brasil e nos Estados Unidos, a dupla mostrou que os processos cognitivos envolvidos na realização de um ritual são os mesmos presentes em diversas ações cotidianas – como apertar o botão do elevador mais vezes quando se está com pressa.
A relação entre as duas ações está na intuição: em ambos os casos, a pessoa não sabe exatamente como aquele processo (seja dar três pulinhos ou apertar o botão mais quatro vezes) vai fazer com que ela atinja seu objetivo, mas intui que alguns fatores, como a repetição, podem ser responsáveis pelo sucesso da ação.

Passo a passo – O primeiro estudo, publicado em abril de 2012 no periódico Cognition, buscou os fatores que fazem com que uma pessoa considere uma simpatia eficaz. O primeiro passo foi inventar mandingas - algumas delas, propositalmente parecidas. "Uma simpatia repetia o mesmo procedimento sete vezes, a outra só uma vez, e o resto era igual. A gente queria ver, dessas duas, qual as pessoas veriam como mais eficaz", explicou Souza, em entrevista ao site de VEJA, durante uma passagem pelo Brasil.
Ao todo, 162 brasileiros foram entrevistados para este estudo, em postos de saúde em Belo Horizonte. Cada participante ouvia algumas das simpatias e respondia, em uma escala de 0 a 10, o quanto acreditava que ela poderia funcionar. Os pesquisadores notaram que a frequência, a repetição e o nível de detalhamento dos procedimentos eram os principais fatores que faziam uma simpatia parecer confiável. "Se eu digo ‘uma simpatia boa para crescer cabelo é tomar um suco de laranja’, ou digo ‘pegue o suco, sopre três vezes, rode e então beba’, a segunda vai ser considerada mais eficaz, porque tem mais detalhes", explica Souza.
Segundo o autor, isso acontece porque quando nosso sistema cognitivo se depara com uma ação e um resultado que não sabe explicar, é mais fácil se convencer de que deve haver uma explicação quando vários procedimentos levam ao resultado, mesmo que você não saiba dizer como isso aconteceu. "O que difere uma ação ritualística das demais é não saber a relação de causa e efeito. Mas você compensa a falta de entendimento com processos intuitivos, como repetição e detalhamento", afirma Souza.
Esse tipo de intuição funciona para outras situações, além das simpatias. "A gente não tem uma cognição diferente pra avaliar rituais. Usamos os mesmos processos cognitivos, e é por isso que os rituais, apesar de terem diferenças superficiais, em termos cognitivos, são parecidos em qualquer lugar", diz.
Para garantir que os resultados não eram exclusivos dos brasileiros, acostumados com a tradição de simpatias, os autores repetiram o teste com 68 americanos. Entre eles, a quantidade de pessoas que acreditavam nesses rituais foi menor, mas os resultados se mantiveram iguais, ou seja, os mesmos fatores que fazem a simpatia parecer eficaz foram apontados pelos americanos, apesar de não haver equivalência às simpatias brasileiras nos Estados Unidos.
O fato de uma pessoa acreditar ou não na eficácia das simpatias também não alterou os resultados. Mesmo entre os participantes que se declararam céticos, a descrença era maior diante das simpatias com poucos detalhes e menos repetição.


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Falta de controle – Em um segundo estudo, a ideia era mostrar como a falta de sensação de controle faz com que as pessoas acreditem mais nas simpatias. Segundo Souza, o sistema cognitivo tenta compensar a ausência, mesmo quando o contexto não envolve a crença em um ritual. "Se eu pergunto a você por que o Brasil está nessa situação econômica, você vai criar uma explicação, mesmo que não entenda nada de economia, porque o sistema cognitivo se sente mais à vontade quando sabe por que as coisas acontecem", explica.
Para demonstrar isso, os pesquisadores fizeram quarenta brasileiros e 92 americanos formarem frases com palavras pré-determinadas. Eles foram divididos em três grupos: no primeiro, havia palavras com significados que remetiam à sensação de aleatoriedade, como "caótico", "desordem", "imprevisivelmente" e "acaso". No segundo grupo, havia palavras de sentido negativo, como "medo", "machucado" e "idiota", enquanto no terceiro, apenas palavras consideradas neutras.
Depois disso, cada um recebeu algumas simpatias para avaliar. A ideia é que, entrando em contato com termos que remetem à falta de controle, o sistema cognitivo seria afetado por essa sensação, de forma inconsciente. De fato, os resultados mostraram que as pessoas desse grupo avaliaram as simpatias como sendo mais eficazes, enquanto o resultado dos grupos neutro e negativo foram iguais. Em outras palavras, quando estamos diante de uma situação que sentimos incapazes de controlar, temos uma tendência de acreditar em rituais, para compensar essa falta de controle cognitivo.
Segundo Souza, a principal contribuição dos estudos é mostrar que o processo cognitivo usado em rituais é algo geral da natureza humana. "O que leva uma pessoa no Brasil a fazer uma simpatia e uma nos Estados Unidos e não fazer é um processo cultural. Mas a partir do momento em que alguém faz uma simpatia ou outro ritual, o que a leva a acreditar naquilo ou não é universal", afirma. O segundo estudo foi publicado em agosto da revista Cognitive Science, e será apresentado em fevereiro do próximo ano, durante a 15.ª reunião anual da Sociedade de Personalidade e Psicologia Social, em Austin, nos Estados Unidos.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Nova pintura de Van Gogh foi descoberta.



Deu no G1:



O museu Van Gogh de Amsterdã anunciou nesta segunda-feira (9), após dois anos de pesquisa, a descoberta de um quadro até agora desconhecido do autor de "Os Girassóis", que data de 1888 e representa uma paisagem com árvores e arbustos.

O título da obra, descoberto em um coleção privada na Noruega, é "Pôr do Sol em Montmajour" e pertenceà fase na qual Vincent Van Gogh (1853-1890) pintou seus conhecidos quadros florais.

O quadro chegou a ficar algum tempo em um sótão. O nome do colecionador não foi divulgado.

O diretor da pinacoteca, Axel Rüger, disse à imprensa que "uma descoberta desta magnitude nunca aconteceu na história deste museu. É uma raridade que se possa acrescentar uma nova pintura à obra de Van Gogh".

É a primeira obra nova do artista descoberta desde 1928.

A pintura será exibida a partir do dia 24 de setembro no museu holandês, disse a instituição.

A época em que Van Gogh passou pela cidade francesa de Arles, onde o quadro inédito foi pintado, é para muitos especialistas o ápice do pintor, disse o museu em comunicado.

Durante a estadia em Arles, Van Gogh criou quadros como "Os Girassóis", "A Casa Amarela" e "O Quarto", hoje pontos de referência de sua extensa obra.

A atribuição do quadro a Van Gogh é resultado de dois anos de pesquisa nos quais os especialistas da pinacoteca Louis van Tilborgh e Teio Meedendorp analisaram o estilo, a técnica e o tipo de suporte da obra.

"Tudo indica que se trata de um quadro de Van Gogh, estilística e tecnicamente, além de ter muitos paralelismos com outros quadros seus do verão de 1888", segundo os especialistas.

A investigação técnica confirmou que os pigmentos utilizados na pintura correspondem aos que Van Gogh usava em Arles, incluindo a descoloração tão típica da obra de Van Gogh e na qual casualmente a pinacoteca aprofunda na exposição "A oficina de Van Gogh", que pode ser visitada atualmente.

Os especialistas constataram, além disso, que o mesmo tipo de tela foi utilizada "pelo menos" em outro de seus quadros: "As Rochas", que se encontra no Museu de Artes de Houston, e tem uma "alta semelhança em termos de estilo" com a obra agora apresentada.

Os investigadores também puderam constatar que o novo título pertenceu à coleção do irmão de Van Gogh, Theo, em 1890 e foi vendido em 1901.

Além disso, identificaram uma colina perto de Arles e próxima a Montmajour como o lugar que representa a paisagem do novo quadro.

Com umas medidas de 93,3 cm de altura por 73,3 cm de largura, "Pôr- do-Sol em Montmajour" também destaca-se, segundo o museu, por suas dimensões "relativamente grandes", o que aumenta a excepcionalidade, segundo a pinacoteca.

Duas cartas de Van Gogh datadas de 1888 fazem também uma "referência literal" ao quadro, e nelas o artista se mostra descontente com o resultado, comentado que não conseguiu o efeito que queria.

"Van Gogh tinha grandes ambições com esta pintura, com a qual queria mostrar-se como um poeta entre os pintores de paisagens, mas se decepcionou porque sentia que não tinha conseguido resolver convincentemente alguns problemas", explicou a pinacoteca.

"O quadro faz parte de um grupo excepcional de pinturas nas quais Van Gogh experimenta. Inclusive podemos dizer que é uma pintura de transição, porque a partir dela Van Gogh sente a necessidade de usar mais e mais camadas", segundo a opinião do especialista Van Tilborgh, envolvido nas análises desta descoberta.

Museu
O Museu Van Gogh reabriu as portas ao público no início de maio com destaque para algunas das melhores obras do pintor holandês.

O edifício tem 200 obras, 140 produzidas pelo próprio Van Gogh e as demais por artistas contemporâneos.

Com a reabertura, o museu espera atrair aproximadamente 1,2 milão de visitantes no próximo ano. De acordo com a cidade de Amsterdã, este é um dos 25 museus mais famosos do mundo.




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Vincent Van Gogh: Quarto em Arles 1888



Olá, amigos! É sempre bom voltar e postar alguma coisa para vocês. Então, vamos lá!
Trabalhando a intertextualidade com meus alunos, depois de mostrar a obra de La Fontaine: "A Cigarra e a Formiga" e umas releituras dela, como a pintura de Gustave Doré. Resolvi Mostrar o trabalho do mestre Van Gogh e pedir que eles refletissem sobre as cores e a ideia que pintor queria demonstrar no quadro. Veja o que o autor em carta escreve sobre a pintura.

"Eu tinha uma nova ideia na cabeça e aqui está seu esboço... desta vez, trata-se simplesmente do meu quarto, só que a cor se encarregará de tudo, insuflando, por sua simplificação, um estilo mais impressivo às coisas e uma sugestão de repouso ou de sono, de um modo geral. Numa palavra, contemplar o quadro deve ser repousante para o cérebro ou, melhor dizendo, para imaginação.
As paredes são violeta-pálido. O piso é de ladrilhos vermelhos. A madeira da cama e das cadeiras, amarelo de manteiga fresca, os lençóis e almofadas de um tom leve de limão esverdeado. A colcha, escarlate. A janela, verde. A mesa de toalete, laranja; a bacia, azul. As portas em lilás.
E é tudo. Neste quarto nada existe que sugira penumbra, cortinas corridas. As amplas linhas do mobiliário, repito, devem expressar absoluto repouso. Retratos nas paredes, um espelho, uma toalha e algumas roupas. A moldura - como não existe branco no quadro - será branca. Isso à maneira de vingança pelo repouso forçado que fui obrigado a fazer.
Trabalhei nele o dia inteiro, mas você pode ver como a concepção é simples. As gradações de cor e as sombras estão supridas, o quadro está pintado em gradações leves e planas, livremente jogadas na tela à maneira das gravuras japonesas." ( Carta de Vincent Van Gogh ao irmão Théo, 1888.)

Este trecho que acabei de citar, encontrei no blog: http://robertaartesvisuais.blogspot.com.br

Depois que expliquei algumas coisas sobre o autor, pedi que os alunos reproduzissem essa calmaria que Van Gogh quis nos mostrar. Levei uma reprodução dos traços do  desenho e eles pintaram, demonstrando as cores que eles próprios achavam adequadas para representar a paz e a tranquilidade que precisam ter num quarto. Orientei que usassem cores claras.
Foi muito bacana ver a imagem que cada um pintou, além de fazerem uma intertextualidade com a obra original eles se divertiram bastante. 


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Problemas alimentares


A busca desenfreada por uma forma física perfeita traz um fato alarmante: o consumo de capuchos de algodão umedecidos por suco. Isso não é surpresa! Até porque, já ouvi falar que muitas modelos também utilizam-se do método de ingestão de guardanapos para permanecerem extremamente magras.  A ideia é ocupar o estômago com alguma coisa, mesmo que não seja um alimento, obviamente. Perceberam quão loucas são essas pessoas? Tornam a comida uma espécie de vilã , pois acreditam que ela irá atrapalhar a sua imagem. Para isso, colocam em risco sua própria saúde, com a finalidade de garantir um número menor no manequim. 
Tudo porque as agências ainda dão preferência aquelas com esse biotipo definido. A moçada não avalia os prejuízos que isso acarreta a longo prazo, podendo até mesmo chegar a óbito. 
É fácil verificar que seus corpos representam a falta de nutrientes essenciais para manutenção de uma vida saudável, basta observar seus ossos à mostra. 
O alimento é nosso aliado na garantia de disposição e ânimo para enfrentar as atividades do dia a dia. Portanto, deve ser tratado de outra forma, não é mesmo?! Basta a fuga dos padrões e esteriótipos socialmente aceitáveis, para viver livre e feliz com amigos e familiares.
É evidente que o assunto de que falo trata-se da anorexia, mas temos outro problema alimentar que vale frisar: a bulimia, tão prejudicial quanto a já mencionada anteriormente. É um problema que deve ser levado a sério por todos nós, pois afeta a saúde física e mental dos envolvidos. 
Pessoas com esses diagnósticos podem estar em depressão e precisam de um tratamento médico e nutricional para criarem um relacionamento harmonioso com o alimento. Não ser escravizado por ele nem abominá-lo para sempre da ingestão e digestão. Comer precisa ser um ato de prazer e manutenção do ser! 
Não sofro de nenhum desses temas, mas ainda assim, tenho que fazer uma reeducação, pois dou prioridades a coisas pouco nutritivas, gosto de muitas guloseimas e temos de ter um misto de tudo. E você como se relaciona, hein?!