quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Internetês: linguagem dos tempos modernos.


 A internet veio revolucionar as formas de interação entre as pessoas, pois trouxe recursos que inseriram uma nova linguagem na produção dos discursos de quem se inclui no mundo das redes sociais. Com ela, alguns transtornos são percebidos no que diz respeito ao uso padrão da língua, totalmente desconstruída e maltradada nesse ambiente. Mas não podemos ignorar que esses mecanismos são muito precisos no que tange à agilidade de produção de frases e ideias. A moda é simplificar, reduz-se as palavras e até misturam números e letras com fluição. Veja o que nos diz o professor Sérgio Nogueira sobre o assunto:
“Eu me preocupo mais com a ortografia do que com as abreviações do ‘internetês’. Porque abreviação é consensual, tem que ser aceito pelo grupo. Eu usava abreviações no tempo da faculdade. Mas trocar o ‘qu’ pelo ‘k’, o ‘ch’ pelo ‘x’, tudo em prol do menor esforço, abandonando a acentuação, as vírgulas... Isso pode criar problemas irreversíveis. A garotada tem que saber que não pode usar a linguagem da Internet o tempo todo. A vida vai exigir que os jovens saibam a ortografia oficial. Não estou condenando o ‘internetês’ à morte, ele tem validade, porém torna mais duro o trabalho do professor, que precisa conscientizar os alunos da importância de escrever bem e ler. Nós temos uma memória visual, que se adquire com o bom hábito da leitura. Quanto mais se lê, melhor se escreve”, explica Nogueira.
Como viram na fala do Sérgio, há uma preocupação muito grande por todos nós professores de Língua Portuguesa, porque é fundamental inserir no cotidiano desses jovens a modalidade padrão, cuja importância é indiscutível e deve ser aprimorada sempre. Não é porque o internetês caiu no gosto popular que terá uso em qualquer lugar. Alguns lugares precisamos mostrar domínio sobre o modo mais formal, como exemplo: escola, entrevista de emprego ... Então, não abuse demais desse recurso dos tempos modernos, hein! :), :*

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