quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O brasileiro alimenta-se mal.




Quando ministrava aulas no curso de Técnico em Nutrição e Dietética pelo CETAS-RO, trabalhei um texto sobre a fome na visão de Josué de Castro (Do livro: Geografia da fome), o qual mostrava que o brasileiro desde a época de seus escritos sofria de carência alimentar. Na verdade, a fome não é somente a falta do alimento, mas também, a carência de algum nutriente importante para a manutenção de um organismo saudável. Na atualidade, não é diferente. O brasileiro continua a alimentar-se mal. Li sobre isso numa pesquisa recente, confiram abaixo:

Por Renata Demôro do sítio: http://gnt.globo.com/saude/alimentacao/Estudo-indica-que-brasileiro-nao-se-alimenta-bem.shtml


Como anda a alimentação do brasileiro? Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada recentemente, apresenta dados importantes sobre aquilo que o brasileiro coloca no prato – e no corpo. A dupla arroz e feijão continua sendo preferência nacional, mas o café encabeça a lista. O destaque negativo fica por conta do excesso de sal, gorduras e açúcar.

Refeições fora de casa estão na mira
O estudo aponta que, em média, 16% das calorias são ingeridas fora de casa, sugerindo que o elevado consumo de pizzas, salgados fritos, doces e refrigerantes acontece em bares e restaurantes. O excesso de sódio também é uma preocupação, já que 90% dos entrevistados disseram ingerir valores acima do recomendado. A explicação para este índice elevado estaria na presença de sal em diversos alimentos industrializados, como embutidos e enlatados. Para não exagerar na dose, é preciso prestar atenção aos rótulos.

Em parceria com o Ministério da Saúde, a “Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil” avaliou os hábitos dos moradores de 13.569 domicílios, entre 2008 e 2009. A seguir, preparamos uma tabela que compara os dados da pesquisa com recomendações médicas e aponta os riscos de uma alimentação desequilibrada. Confira:
  • 1
    Sódio
    O estudo do IBGE apontou o consumo de 3.200 mg/dia, enquanto a recomendação é de até 2.200 mg/dia. O excesso de sódio aumenta o risco de hipertensão, acidente vascular cerebral, câncer gástrico e complicações renais.
  • 2
    Gorduras
    Dos pesquisados, 82% ingere valores acima do recomendado. O ideal seria que, por dia, as calorias provenientes de gordura representassem, no máximo, 7% do total calórico. O consumo em excesso pode aumentar os níveis de colesterol no sangue, levando a arteriosclerose, obesidade e câncer.
  • 3
    Açúcar
    De acordo com a pesquisa, 60% dos brasileiros consome mais açúcar do que o recomendando. O ideal é que as calorias provenientes do açúcar representem até 10% do total diário. Sua ingestão em excesso pode levar a diabetes, problemas cardiovasculares, obesidade, distúrbios metabólicos e reações alérgicas.

  • 4
    Cálcio
    O estudo apontou que mulheres até 50 anos e homens de todo o grupo ingerem menos de 800mg/dia, enquanto o consumo deveria ser de 1.000mg/dia. A deficiência de cálcio pode levar a osteoporose, pressão alta, dores na coluna, cãibras, unhas fracas, cáries e inflamação das gengivas.
  • 5
    Vitamina D
    A maioria dos entrevistados consome menos do que os 10 mcg/dia recomendados. A falta de vitamina D pode prejudicar a absorção de cálcio e a produção de insulina e ainda levar a osteoporose e raquitismo.
  • 6
    Vitamina E
    O estudo mostrou que a maioria dos entrevistados consome menos de 12mcg/dia. Os órgãos de saúde indicam que a ingestão deve ser de 15mcg/dia. A falta de vitamina E pode aumentar os níveis de colesterol e levar a insônia, fadiga, infarto, trombose e dificuldade de cicatrização.


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